A expectativa de faturamento das micro e pequenas indústrias do Estado de São Paulo teve uma leve queda em abril ante março, revela o Indicador de Atividade do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo (Simpi), divulgado nesta quinta-feira. Em abril, 3% dos entrevistados disseram esperar um forte crescimento, 23% um crescimento moderado, 60% nível menor que o atual, 6% queda moderada e 3% forte recuo. Em março, os números eram 2%, 31%, 56%, 9% e 0%, respectivamente.

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Com relação a percepção do faturamento do mês anterior, também houve queda em abril ante março. Em abril, 21% dos entrevistados disseram que o seu faturamento foi ótimo ou bom, 45% regular e 34% ruim ou péssimo. Em março, esses números foram 29%, 45% e 34%, respectivamente. A percepção da margem de lucro obtida por eles também piorou. Em abril, 19% disseram ter sido ótima, 45% regular e 34% ruim ou péssima ante 25%, 38% e 37%, respectivamente.

De acordo com o Simpi, esses dados indicam pessimismo nos empresários do setor. “Em parte justificado pela expectativa de mais inflação e desemprego em alta”, disse a entidade em nota. Sobre a inflação, 68% dos entrevistados disse acreditar que a inflação deve subir nos próximos meses e 33% considera que o desemprego deve crescer. Em março, os números foram 55% e 24%, respectivamente. “Nossa apreensão em relação a esses índices é que eles revelam uma tendência, prejudicando o fortalecimento do mercado interno”, disse o presidente do Simpi, Joseph Couri.

Situação econômica

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Os donos de micro e pequenas indústrias em São Paulo pioraram as avaliações sobre a economia do Brasil. Em abril, 19% dos entrevistados disseram que a situação da economia estava ótima ou boa, 52% como regular e 28% como ruim ou péssima. Em março, esses números eram, respectivamente, 26%, 42% e 26%. A avaliação deles sobre a economia paulista, no entanto, teve leve alta e se manteve acima da registrada para o governo federal: 37% consideraram a situação ótima ou boa em abril, ante 33% em março; 43% diziam que era regular, ante 45%; e 19% viam a situação como ruim ou péssima, ante 21% em março.

Entre outros dados do setor apresentados pelo Simpi, o nível de endividamento se manteve estável em 39% entre abril e março, a expectativa com relação ao aumento nos custos de produção passou de 23% para 31% e 76% dos entrevistados disseram acreditar que seus produtos concorrem em situação desfavorável com as mercadorias vindas do exterior. “O impacto da importação também afeta o segmento e é preciso que estejamos atentos à iniciativas que incentivam essa prática em detrimento ao desenvolvimento da pequena e micro indústria nacional”, avaliou Couri.

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