A expansão da economia brasileira pode ter ficado em torno de 5,3% no ano passado, mas o crescimento do País deverá desacelerar e recuar para perto de 4,6% em 2008. As projeções médias são de instituições e consultorias. Hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o dado oficial para 2007. A expectativa é de que os resultados mostrem, ainda, taxas recordes na série histórica para a evolução dos investimentos, consumo das famílias e contribuição do mercado interno para o resultado geral.
As estimativas de oito instituições para o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano vão de 5,1% a 5,5%. O último crescimento expressivo da economia brasileira foi de 5,7% em 2004. Apesar do nível próximo, a diferença é que naquele período as exportações estavam bem mais fortes. Este ano, a composição do crescimento será diferente. Pelo segundo ano consecutivo, o setor externo vai gerar contribuição negativa para a expansão do País, o que será compensado pelo consumo interno e pelos investimentos.
?A sensação de crescimento foi maior no ano passado, porque a demanda interna avançou num ritmo muito mais intenso. As pessoas enxergam mais de perto quando isso acontece do que quando o setor externo avança, geralmente mais limitado a poucas empresas e menos setores da economia?, diz o economista da LCA, Braulio Borges. Por setores, a avaliação é de que o crescimento foi perto dos 5% para indústria, serviços e agropecuária. Na comparação com o ano anterior, a maior evolução projetada é do PIB industrial, que havia crescido 2,9% em 2006 e, pela previsão da LCA, avançou 4,8% em 2007.