Florianópolis (AE) – As análises do Laboratório Nacional Agropecuário de Porto Alegre confirmaram que o vírus da mancha branca é o responsável pela mortandade verificada nas duas últimas semanas em tanques de cultivo de camarão em Laguna (118 quilômetros ao sul de Florianópolis). Antes mesmo de sair o laudo, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), responsável pela sanidade animal no Estado, interditou 29 fazendas no início da semana. O vírus é inofensivo aos seres humanos.

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De acordo com o diretor-técnico da Cidasc, Gécio Meller, a volta do vírus, que provocou prejuízos de R$ 7 milhões no início do ano, foi ocasionada pelo clima desfavorável e à antecipação do repovoamento dos tanques. ?A salinidade da água também atrapalhou a colocação das larvas em alguns tanques foi precipitada?, disse ele, explicando que essas condições prejudicaram o sistema imunológico dos camarões. ?Cerca de 40% das fazendas da região repovoaram os criatórios, mesmo estando avisados de que não poderiam fazê-lo?. Ontem, técnicos da Cidasc reuniram-se com produtores para discutir planos para enfrentar o surto.

Para evitar a propagação da doença, os produtores receberão uma cartilha com algumas recomendações sanitárias. A mais importante é evitar esgotar a água dos tanques contaminados para as lagoas do complexo lagunar e fazer aplicação de cloro. Os produtores também não poderão fazer a coleta dos camarões que continuaram vivos sem que eles atinjam de 13 a 14 gramas.

Outra ação repassada aos produtores é para que não deixem estranhos atuarem na propriedade. A prática de um ajudar o outro e o empréstimo de materiais, comum na atividade, contribui para a disseminação do foco.

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