O ex-presidente do Grupo Parmalat no Brasil, Gianni Grisendi, negou ontem ter sido preso pela Polícia Federal. “Meus advogados já entraram em contato com a PF para verificar de onde veio esta informação. Trabalhei em São Paulo, e não fui procurado por nenhum delegado da PF”, afirmou Grisendi pelo telefone. Para ele, as informações veiculadas sobre sua suposta prisão não têm fundamento e servem apenas para tumultuar o caso.

Grisendi ressaltou que poderá prestar novos esclarecimentos sobre o caso Parmalat se for convocado pela PF, pelo Ministério da Justiça ou por algum outro órgão do governo. “Se eu for convocado, estarei à disposição tranqüilamente para prestar esclarecimentos de novo”, afirmou ele.

O ex-presidente da Parmalat no Brasil informou que na última quinta-feira esteve reunido com o delegado da PF, José Elpídio Nogueira, para falar sobre o caso. Segundo Grisendi, ficou combinado com o delegado que prestaria todos os esclarecimentos necessários sobre a empresa, caso seja novamente chamado.

Boato

A informação da prisão de Grisendi foi dada por juízes que acompanham o caso. Grisendi comandou a Parmalat do Brasil de 1989 a 2000. Em depoimento sigiloso à Justiça na semana passada um ex-motorista do executivo contou como funcionava o esquema de lavagem de dinheiro da empresa no país. O motorista Adelson Pugliese afirmou à Justiça que parte de seu serviço era buscar malas cheias de dólares no aeroporto.

Ele contou ainda que a bagagem não era revistada pelos funcionários da alfândega e seguia direto para a sede da empresa ou para a própria casa de Grisendi, nos Jardins. A informação foi publicada em reportagem do Diário de S. Paulo neste domingo.

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