Um tribunal russo condenou o ex-ministro da Economia Aleksey Ulyukayev por pegar uma propina de US$ 2 milhões, em um julgamento que lança luz sobre as disputas entre as elites no poder. Um magistrado em Moscou afirmou que Ulyukayev aceitou a propina em troca da aprovação da venda da companhia petrolífera estatal PAO Rosneft, a maior do setor no país.

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Ulyukayev afirma ser inocente e disse que era perseguido pelo executivo-chefe da Rosneft, Igor Sechin, um confidente do presidente Vladimir Putin. O réu disse acreditar que uma mala que continha o dinheiro, dada a ele por Sechin em uma operação monitorada da polícia, contivesse na verdade vinho. Em declaração na semana passada, Ulyukayev qualificou o caso como “uma provocação monstruosa e cruel”.

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Sechin disse à televisão estatal que Ulyukayev “havia exigido um pagamento ilegal para seu trabalho regular”, o que “é um crime”.

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Promotores pediram dez anos de prisão para Ulyukayev e uma multa de 500 milhões de rublos (US$ 8,7 milhões). Não está ainda claro, porém, quando o juiz anunciará a sentença. Os advogados de defesa prometeram apelar, segundo a agência de notícias Interfax.

Sechin é um veterano dos serviços de segurança russos, que aumentou seu poder nos últimos anos, ao tornar a Rosneft uma das maiores companhias do mundo no setor de petróleo, com a compra de empresas menores. O executivo desafiou o tribunal ao não comparecer para prestar testemunho. Em entrevista coletiva na quinta-feira, Putin disse que Sechin não fez nada errado ao não comparecer. Fonte: Dow Jones Newswires.