Ex-executivo do UBS é condenado à prisão nos EUA

Um importante informante do governo na investigação sobre impostos envolvendo o UBS foi sentenciado nesta sexta-feira a três anos e quatro meses de prisão. O ex-executivo Bradley Birkenfeld foi condenado por auxiliar clientes norte-americanos do banco suíço a sonegarem impostos.

Birkenfeld admitiu sua culpa em junho de 2008 e recebeu sua sentença em uma corte federal em Fort Lauderdale, na Flórida. O réu poderia pegar até cinco anos de prisão. O juiz William J. Zloch deu uma pena maior que a recomendada pelos promotores, que haviam pedido dois anos e meio de prisão, pelo auxílio no caso.

A sentença de Birkenfeld é divulgada na mesma semana que o UBS, em um acordo com o fisco dos EUA, se comprometeu a divulgar as identidades de aproximadamente 4.450 de seus clientes norte-americanos, suspeitos de sonegarem valores, transferindo-os para contas suíças.

Em um acordo anterior para evitar um processo criminal, o UBS admitiu em fevereiro que ajudou clientes ricos dos EUA a escaparem de suas obrigações com o fisco e concordou em pagar US$ 780 milhões em multas. Além disso, revelou o nome de quase 250 clientes norte-americanos que supostamente fraudaram contas.

Os promotores dizem que Birkenfeld ajudou construtoras e incorporadoras a evitarem US$ 7,2 milhões em impostos, ao ocultarem US$ 200 milhões em bens. Eles também afirmam que Birkenfeld admitiu que ele e outros executivos do banco aconselhavam clientes norte-americanos do UBS sobre várias formas de ocultar dinheiro no exterior.

“Hoje, ele está pagando o preço por aquele papel”, disse Eileen Mayer, a chefe de investigação criminal do Internal Revenue Service (IRS, o fisco dos EUA) em comunicado. Um porta-voz do Departamento de Justiça afirma que Birkenfeld continua a cooperar com autoridades dos EUA e que o governo pode pedir maior redução da pena em um momento posterior.

As informações são da Dow Jones.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo