É cada vez mais a maior a dúvida sobre a sustentabilidade da dívida pública brasileira. O tema, que voltou a ser abordado nesta semana pelo investidor George Soros, vem sendo motivo de muitas conversas entre bancos e fundos de investimentos europeus e os seus clientes nas últimos dias.
É crescente a opinião de que o país, independentemente de quem seja o vencedor das eleições presidenciais, dificilmente terá condições de administrar os seus pesados compromissos em 2003 a menos que ocorra uma melhora do cenário externo, diminuindo a aversão ao risco e o custo dos financiamentos, uma possibilidade vista como altamente improvável pelo menos no médio prazo.
Entre alguns analistas, a questão já não é ?se ?o Brasil irá reestruturar a sua dívida, mas sim ?quando e como?. Mas esse pessimismo não é consensual. Há aqueles que acreditam que passadas as eleições, o novo governo terá a oportunidade de reconquistar a confiança do mercado externo.