O dólar à vista fechou em baixa de 0,40% nesta sexta-feira e cravou novo piso no ano, mantendo-se no menor preço desde junho de 2002. Depois de uma sessão de negócios movimentada, a cotação terminou valendo R$ 2,732 na compra e R$ 2,734 na venda. No acumulado da semana, a cotação caiu 1,87%. Em novembro, a queda é de 4,3%. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operou em leve alta de 0,53%, marcando novo recorde de pontos, 24.997 e movimento financeiro de R$ 1,016 bilhão.
O cenário interno positivo, mas sem grandes novidades, mantém a tranqüilidade na bolsa, que tem o volume de negócios reduzido. O motivo é o meio feriado nos Estados Unidos, que levou as bolsas locais a encerrarem os negócios às 16h.
Telemar PN, carro-chefe da bolsa, opera estável. Das 55 ações do Ibovespa, as maiores altas são de Siderúrgica Tubarão PN (+2,9%) e Klabin PN (+2,7%). A queda mais significativa do índice é de Petrobras ON (-1,8%), que passa por um realização de lucros.
Câmbio
Entre os fatores que contribuíram para mais essa baixa do dólar estiveram a nova alta do euro frente à moeda americana e o bom desempenho das exportações. Uma empresa do setor de telecomunicações remeteu um grande volume de recursos ao exterior no período da manhã, mas nem por isso o dólar subiu.
Devido ao feriado americano de Ação de Graças, na quinta-feira, o mercado dos Estados Unidos encerrou mais cedo as operações. As bolsas locais fecharam praticamente estáveis. O C-Bond, principal título da dívida externa brasileira, fechou em baixa de 0,06%, cotado a 100,68% do seu valor de face. O risco-país brasileiro recuou 0,72%, aos 413 pontos-base.
"As compras de quase US$ 3 bilhões que o Tesouro Nacional fará no câmbio foi totalmente absorvida pelo mercado, até porque elas poderão ser bastante diluídas ao longo dos próximos sete meses. E o cenário continua bastante positivo, favorecendo a valorização do real", disse um profissional de um banco estrangeiro.
Tesouro fora do mercado
Nenhuma das fontes do mercado consultadas confirmaram a presença do Tesouro Nacional nesta sexta-feira. Na última quarta-feira, o Banco Central afirmou que o Tesouro vai comprar US$ 3 bilhões no mercado até junho de 2005 para saldar compromissos de dívida externa.
O Tesouro, porém, já contratou US$ 566 milhões em outubro. Como tem um vencimento de US$ 646 milhões em dezembro, teria que comprar apenas mais US$ 80 milhões até lá. O giro diário do mercado de câmbio ultrapassa US$ 1 bilhão.