O euro estabeleceu novo recorde histórico de alta ante o dólar, influenciado pela expectativa de corte no juro norte-americano e pela renúncia do primeiro-ministro do Japão, a qual favoreceu a moeda européia em relação ao iene. Na Ásia, o euro atingiu o recorde de US$ 1,3880, segundo a agência Dow Jones. Os dados fornecidos pela Comstock apontam para recorde de alta do euro a US$ 1,3878. Em relação à moeda japonesa, o euro subiu para 158 24 ienes após a divulgação da renúncia de Shinzo Abe.
O dólar não encontrou a mesma sustentação que o euro contra a moeda japonesa, na esteira da renúncia de Abe. Segundo especialistas, o comportamento ilustra as observações feitas por especialistas de que o movimento em direção ao recorde contra o dólar esteve mais relacionado ao enfraquecimento do próprio dólar do que à vantagem do euro frente ao iene. Há dias o euro ensaia romper a máxima histórica contra o dólar, diante das crescentes indicações de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) deverá reduzir as taxas de juro na próxima terça-feira. Um corte no juro norte-americano irá acentuar a diferença entre o rendimento do dólar em comparação ao de outras moedas.
A saída de Abe, no Japão, não deve provocar impacto econômico imediato, embora acredite-se que ele será substituído pelo secretário-geral da direita do Partido Liberal Democrático, Taro Aso. Entretanto, como a oposição deve pressionar pela antecipação das eleições gerais, é provável que o mercado seja tomado por um sentimento de incerteza política, o que pode encorajar o Banco do Japão a adiar ainda mais a elevação do juro pesando sobre a moeda japonesa.
Às 8h55 (de Brasília), o euro subia 0,36% para US$ 1,3887 e o dólar caía 0,40% para 113,84 ienes.
Na sessão européia, o mercado comentava que as declarações do secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, ajudavam a manter os investidores na retaguarda em relação ao dólar. Paulson disse que a atual turbulência nos mercados financeiros deve perdurar por algum tempo.
Os participantes diziam também que o euro não foi mais longe em relação ao dólar por conta de especulações de que o Banco Central Europeu (BCE) pode considerar elevar o juro, depois de Jean-Claude Trichet dizer que os riscos inflacionários persistem na Europa. As informações são da Dow Jones.
