O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), retornou à mesa diretora do Senado e reabriu a sessão de votação da reforma trabalhista. Após retomar o seu posto, Eunício disse que “Deus lhe deu essa qualidade da paciência” e que não tinha pressa para encerrar a votação. Ele classificou a ocupação da mesa por parte de senadores da oposição como um “episódio triste”, mas pediu calma aos senadores da base aliada.

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Inicialmente, Eunício não sentou na cadeira da presidência, que estava ocupada pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Ele manteve, contudo, todos os microfones cortados e deu início à votação.

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Os oposicionistas pediram a palavra para encaminhar voto contrário à matéria, porém Eunício disse que só faria isso quando reocupasse o seu lugar de presidente e deu sequência ao pleito.

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Partidos da base aliada como PMDB, PSDB, PSD, DEM e PP aproveitaram para fazer sinalizações positivas ao projeto, que foram computadas como encaminhamento favorável ao texto.

Em meio à confusão, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) esbravejava pedindo a palavra, enquanto o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), computava os votos dos aliados pessoalmente e os comunicava em voz alta.

No momento do início da votação, cerca de 50 senadores estavam presentes. Como o projeto precisa da maioria simples dos presentes para ser aprovado, seriam necessários 26 votos a favor e o texto poderia ter sido aprovado sem os encaminhamentos da oposição.

A senadora Fátima Bezerra foi a última deixar a mesa, cedendo o lugar da presidência a Eunício. Com isso, ele retomou o microfone e deu espaço para os líderes partidários discursarem.