EUA: varejistas têm menor alta nas vendas desde 2009

As varejistas norte-americanas tiveram desempenho fraco pelo segundo mês seguido em março, prejudicadas pelo clima frio e pela redução do consumo. As vendas das 11 varejistas acompanhadas pela Thomson Reuters subiram 1,8% no conceito mesmas lojas, que engloba as vendas em lojas abertas há um ano ou mais. Esse foi o pior resultado desde agosto de 2009, quando foi registrada uma queda de 1,0% nas vendas das empresas do setor.

O dado de março é comparável com o aumento de 7,1% visto no mesmo mês do ano passado, quando grande parte dos EUA estava vivendo um clima inesperadamente quente para o momento do ano, o que impulsionou a demanda dos consumidores. Em fevereiro deste ano as varejistas tiveram alta de 3,9% nas vendas, em comparação com o aumento de 7,4% um ano antes.

Nem mesmo o fato de a Páscoa ter caído em março neste ano beneficiou o varejo. O mês passado foi o março mais frio nos EUA em 17 anos, com a maior nevasca em 20 anos, de acordo com a Weather Trends International. Além disso, muitas lojas fecharam para o feriado da Páscoa.

TJX teve queda de 2,0% nas vendas, pior do que o declínio de 1,0% previsto, o mesmo desempenho apresentado pela Ross Stores. As vendas da Fred’s caíram 3,0%, ante a previsão de baixa de 1,7%. A Gap, que divulgará números sobre as vendas de março apenas após o fechamento dos mercados, deverá anunciar o primeiro declínio em pouco mais de um ano.

Entre as varejistas que contrariaram a tendência, Zumiez teve alta de 2,1% nas vendas, contra as expectativas de queda de 7,5%. As vendas da Costco Wholesale subiram 6,0%, ante previsão de +5,9%. L Brands Inc., dona das marcas Victoria’s Secret e Bath & Body Works que anteriormente se chamava Limited Brands, registrou aumento de 2,0% nas vendas, contra estimativa de estabilidade nos resultados.

O número de varejistas norte-americanas que ainda publicam resultados mensais sobre vendas diminuiu nos últimos meses. Entre as que pararam de divulgar os dados recentemente estão Target, Macy’s, Kohl’s e Saks. Embora as empresas não comentem por que pararam de revelar as vendas, os resultados podem provocar fortes movimentos em suas ações, especialmente para baixo quando as expectativas não são atendidas. As informações são da Dow Jones.

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