A economia dos EUA criou 200 mil empregos em dezembro, informou o Departamento do Trabalho. O resultado ficou acima da previsão de economistas, de mais 155 mil vagas. Trata-se de um sinal de fortalecimento do mercado de trabalho, em meio à ampla incerteza sobre a economia para o novo ano. As companhias privadas geraram 212 mil empregos, enquanto o setor público – governos federal, estaduais e locais – cortaram 12 mil vagas.
O payroll de novembro foi revisado para baixo, para um aumento de 100 mil vagas, de 120 mil anunciadas anteriormente. Em outubro, houve revisão para a criação de 112 mil vagas, de 100 mil.
Os últimos números são o retrato mais abrangente do mercado de trabalho nos EUA. Eles se seguem a outras leituras positivas, incluindo uma forte redução nos pedidos de auxílio-desemprego.
A economia tem criado empregos há 15 meses seguidos, desde outubro de 2010. Mas ainda que os números sejam em geral positivos, o ritmo de criação de vagas ainda não é suficiente para retomar o espaço perdido durante a recessão.
A economia criou 1,6 milhão de empregos em 2011, elevando o payroll para cerca de 131,9 milhões no mês passado. O número é quase 6,1 milhões de vagas menos que em janeiro de 2008, antes do início da recessão. No total, a recessão e o quadro econômico que se seguiu cortaram 8,8 milhões de empregos.
Economistas em geral acreditam que os EUA precisem criar mais de 125 mil vagas por mês apenas para manter o ritmo diante do crescimento da população.
Os dados desta sexta-feira mostram os maiores ganhos de vagas nos setores de transportes e estoques, beneficiados pelos contratos temporários, varejo, manufaturas e saúde e serviços ligados a alimentos.
Em dezembro, havia 13,1 milhões de desempregados, segundo a pesquisa.
Segundo o relatório, o ganho por hora dos norte-americanos subiu em 0,04 centavos, para US$ 23,24. Os ganhos subiram 2,1% nos últimos 12 meses, não conseguindo acompanhar o ritmo da inflação de 3,4%. As informações são da Dow Jones.
