A economia norte-americana perdeu 2,6 milhões de empregos em 2008, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Departamento de Trabalho, no maior corte de vagas desde 1945. Segundo o Departamento, quase dois milhões de postos de trabalho foram eliminados apenas nos últimos quatro meses do ano, em um sinal de que a recessão se aprofundou conforme a crise financeira se intensificou.
Em dezembro, o mercado de trabalho dos EUA cortou 524 mil vagas, informou o Departamento de Trabalho. O dado de novembro foi revisado de queda de 533 mil vagas para redução de 584 mil postos de trabalho, o que representa o maior declínio desde 1974.
A taxa de desemprego nos EUA subiu de 6,8% em novembro para 7,2% em dezembro, atingindo o nível mais alto desde janeiro de 1993. A previsão média de analistas consultados pela Dow Jones era de aumento para 7%. O número de novembro foi revisado de uma estimativa inicial de 6,7%.
Muitos economistas acreditam que o desemprego, que era de 5% em abril do ano passado, atingirá 8% nos próximos meses. A última ata do Federal Reserve (Fed, banco central americano), divulgada na terça-feira, mostrou que sua equipe de economistas espera que essa taxa suba “significativamente” até 2010.
O salário médio por hora trabalhada nos Estados Unidos aumentou US$ 0,05, ou 0,3%, para US$ 18,36. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o aumento é de 3,7%. O número de horas trabalhadas por semana, em média, caiu em 0,2 para 33,3 horas. As informações são da Dow Jones.