O governo dos Estados Unidos quer que instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial garantam aos países da América Latina acesso ao crédito internacional, para que eles possam implementar seus pacotes de estímulo fiscal coordenados.

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A principal preocupação da Casa Branca em relação à América Latina é assegurar que a crise financeira “não anule os ganhos sociais que os países da região tiveram nos últimos dez anos”, definiu Thomas Shannon, secretário de Estado assistente, responsável pelo Hemisfério Ocidental – o cargo mais alto para a região – em seminário sobre a Cúpula das Américas, que se realiza no mês que vem em Trinidad e Tobago.

“A questão mais importante no momento é a crise econômica e o potencial de ela gerar uma crise social e política na região”, disse Shannon. A crise e os pacotes de estímulos devem ocupar parte do encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Barack Obama, amanhã.

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, resumiu o sentimento geral na região sobre a crise. “Ouvimos muito na América Latina sobre como os países estavam indo bem antes de essa crise acontecer”, disse.

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“E vários países gostariam de fazer planos contracíclicos, mas não têm dinheiro para isso, por isso foi muito importante o anúncio do secretário do Tesouro de que os EUA podem injetar dinheiro no FMI e talvez em bancos regionais.”

Obama e o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, defendem um aumento substancial dos recursos do FMI para que o Fundo possa auxiliar economias em crise e viabilizar um estímulo fiscal global. Os EUA aumentariam sua contribuição para o FMI, mas esperam que outros países, entre eles Brasil, China e Índia, façam o mesmo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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