O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, anunciou nesta terça-feira (10) a intenção de aplicar um total de US$ 1,5 trilhão para destravar o sistema de crédito do país e estimular os empréstimos dos bancos privados. O Plano de Estabilidade Financeira prevê um conjunto de três medidas voltadas para o sistema financeiro.

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“Sem crédito, as economias não podem crescer todo o seu potencial. Agora, partes do nosso sistema financeiro estão com sérios problemas. Os mercados de crédito que são essenciais para as pequenas empresas e os consumidores não estão funcionando”, disse Geithner em seu pronunciamento, disponível na página do Tesouro dos Estados Unidos na internet .

Segundo ele, o Tesouro e o Federal Reserve (FED, o banco central norte-americano) vão criar um fundo que terá de início US$ 500 bilhões a ser injetado nos bancos. Os recursos virão do governo e do próprio sistema financeiro privado. Geithner ressaltou que, se necessário, esse fundo pode alcançar US$ 1 trilhão.

A segunda medida é a aplicação de US$ 1 trilhão no mercado secundário de crédito, que pode trazer mais recursos para empréstimos a pessoas físicas e empresas. Nos Estados Unidos, os bancos têm o costume de fazer empréstimos e vender esses créditos no mercado secundário de títulos. Com a venda, as instituições financeiras obtêm mais dinheiro para novas operações.

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Desde o agravamento da crise financeira, no segundo semestre de 2008, os bancos não conseguem mais vender seus créditos no mercado secundário de títulos (também chamado de securitização). O resultado foi que os bancos ficaram sem uma fonte importante para novos empréstimos.

O terceira medida é um ajuste nos balanços contábeis das instituições financeiras. O governo dos Estdos Unidos quer mais transparência e informações sobre os riscos que os bancos estão tomando em suas operações de crédito.

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“Nosso plano irá ajudar a retomada do fluxo de crédito no mercado, limpar [os balanços runis de bancos] e fortalecer nossos bancos. Também vamor dar ajuda para os proprietários de casas e pequenas empresas”, afirmou o secretário, lembrando que a economia norte-americana perdeu três milhões de empregos no ano passado e 600 mil no último mês.