O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos quer que os credores da General Motors e da Chrysler façam mais concessões no plano de reestruturação das duas montadoras, de acordo com informações do The Wall Street Journal. O Tesouro quer que a GM ofereça a seus credores uma pequena quantia de ações da montadora em troca de uma dívida de US$ 29 bilhões. A nova oferta seria muito menos generosa que aquela feita pela GM duas semanas atrás, que incluía dinheiro, novas dívidas e uma porção muito maior de ações, de acordo com o Journal.
A dívida da GM junto a seus credores emergiu como um dos pontos mais problemáticos nas negociações para a reestruturação da companhia, que tem sobrevivido com um empréstimo feito pelo Tesouro de US$ 13,5 bilhões no início do ano. Em março, a montadora pediu mais US$ 16,6 bilhões. Na semana passada, a força-tarefa do governo americano que avalia a situação de GM e Chrysler exigiu mais concessões dos sindicatos e credores.
A GM tem dito estar preparada para um pedido de concordata, mas quer evitá-la. A companhia tem até 1º de junho para apresentar um plano. Enquanto isso, a força-tarefa não acredita que a Chrysler, que recebeu US$ 4 bilhões do governo, possa sobreviver sozinha e quer que a companhia apresente um parceiro até 1º de maio, como condições para outro aporte de US$ 6 bilhões. Sem a ajuda do governo, a montador pode ser liquidada.
De acordo com o Journal, a administração Obama está pressionando os credores da Chrysler a desistir de 85% da dívida de US$ 7 bilhões. Muitos deles, contudo, acreditam que se a empresa falir conseguirão uma oferta melhor, um desconto de cerca de 70%.