Um grupo de congressistas dos EUA liderado pela senadora Elizabeth Warren apresentou nesta quinta-feira um projeto de lei que restabelece a separação entre as atividades comerciais e de varejo dos bancos e as de investimento, tais como operações com derivativos. Antes de eleger-se senadora, Warren (Partido Democrata/Massachusetts) foi a primeira chefe do Bureau de Proteção ao Consumidor de Produtos Financeiros, criado em 2010 na esteira da crise financeira de 2008.

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Falando durante uma audiência sobre regulamentação do setor financeiro no Comitê de Bancos do Senado, Warren disse que o Congresso precisa tomar medidas para “manter a jogatina fora de nossos bancos”. “Os quatro maiores bancos são agora 30% maiores do que eram apenas cinco anos atrás, e eles continuam a se engajar em práticas perigosas e de alto risco”, acrescentou.

Warren e outros congressistas pretendem restabelecer a chamada Lei Glass-Steagall, adotada em 1933 após a crise financeira de 1929, que separava as atividades comerciais dos bancos das de investimento. Essa lei foi revogada em 1999, durante o governo do presidente George W. Bush (Partido Republicano), e muitos críticos afirmam que a “promiscuidade” entre essas duas áreas foi um dos fatores que levaram à crise de 2008.

Um resumo do projeto de lei diz que os bancos terão cinco anos para separar atividades como captação de depósitos, oferta de contas de poupança e concessão de créditos das de investimento e corretagem. Isso impediria que os bancos que têm acesso a garantias federais para depósitos continuem a se envolver com produtos de risco como derivativos e outros produtos financeiros estruturados.

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Outro projeto de lei apresentado neste ano para tratar do problema dos bancos “grandes demais para falir”, e que ainda não chegou ao plenário, é dos senadores Sherrod Brown (Democrata/Ohio) e David Vitter (Republicano/Louisiana); ele restaura a exigência de reserva de capital dos bancos aos níveis que vigoravam na época da Grande Depressão da década de 1930. Fonte: Dow Jones Newswires.