EUA pressionam Grécia e seus credores para um acordo, diz Tesouro americano

Os Estados Unidos estão pressionando a Grécia e seus credores para que continuem as negociações por um acordo, antes do plebiscito previsto para o domingo. Autoridades dos EUA estão pedindo que Atenas concorde com reformas econômicas e que os países da zona do euro aceitem um alívio na dívida, dizendo que isso é crucial para se chegar a um compromisso pragmático, afirmaram funcionários do Tesouro norte-americano nesta segunda-feira.

O governo grego instituiu controles de capital para impedir o colapso do sistema financeiro do país, enquanto Atenas disse que não pagará uma dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) que vence nesta terça-feira se não houver um acordo de última hora. O primeiro-ministro Alexis Tsipras determinou que seja realizado um plebiscito no domingo para determinar se há apoio político para as duras reformas econômicas e os cortes orçamentários exigidos pelos credores para liberar mais ajuda financeira.

Caso o “não” vença, a Grécia poderia ser forçada a deixar a zona do euro, o que levaria o país a seu capítulo mais dramático desses seis anos de crise da dívida.

Funcionários dos EUA disseram que o secretário do Tesouro, Jacob Lew, e outras autoridades estão pressionando pela manutenção das negociações antes do plebiscito.

Funcionários do Tesouro afirmaram que, ainda que esteja pressionando os funcionários da zona do euro, principalmente a Alemanha, a oferecer um alívio na dívida grega, Washington não está dizendo como a Europa deve reestruturar a dívida do país. Alguns ex-dirigentes do FMI dizem que a economia grega não pode melhorar se não houver uma redução no valor dos bônus detidos pelos governos da zona do euro. O FMI, porém, diz que a ampliação nos vencimentos da dívida para várias décadas adiante e cortes na taxa de juro poderiam reduzir o impacto da dívida o suficiente para permitir a volta do crescimento.

A exposição direta dos EUA à Grécia é limitada. Mas ainda assim uma piora na crise grega prejudicaria o já fraco crescimento da zona do euro, o que por sua vez afeta as perspectivas econômicas norte-americanas. Fonte: Dow Jones Newswires.

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