O mercado de trabalho norte-americano cortou 345 mil vagas de emprego em maio, informou hoje o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, o que representa um número inferior à previsão dos economistas de corte de 525 mil empregos. Os postos de trabalho fechados no mês passado representam o menor corte desde setembro de 2008, quando a crise financeira internacional intensificou-se, na esteira do colapso do banco Lehman Brothers.
As perdas de emprego continuaram ocorrendo em vários setores dos EUA em maio, mas se moderaram nos segmentos de construção civil e da indústria de produção de serviços.
O setor de produção de bens cortou 225 mil vagas em maio. Nesse grupo, as empresas de manufatura reduziram em 156 mil as vagas, elevando para 1,8 milhão o total de dispensas feitas. Em contrapartida, o setor de construção reduziu em apenas 59 mil o número de empregos no mês passado, o menor corte desde setembro de 2008. O setor de serviço cortou 120 mil empregos em maio, bem abaixo do pico de quase 400 mil. O setor de varejo cortou 17.500 empregos, enquanto o setor de lazer acrescentou 3 mil vagas, uma indicação de que as famílias podem estar aumentando seus gastos em setores não essenciais.
Outro sinal positivo para as perspectivas futuras do emprego, os empregos temporários – o qual os economistas consideram um indicador antecedente – caíram apenas 6,5 mil, o menor corte em vários meses. O setor de educação e saúde aumentou em 44 mil o número de empregos. O governo cortou 7 mil vagas em maio.
Taxa de desemprego
A taxa de desemprego nos Estados Unidos cresceu 0,5 ponto porcentual em maio na comparação com abril, para 9,4%, e atingiu o nível mais alto desde agosto de 1983. Economistas esperavam, em média, alta para 9,2%.
Analistas acreditam que a taxa de desemprego nos EUA vai superar 10% em breve. Segundo eles, a economia norte-americana não apenas precisa parar de eliminar empregos antes que a taxa se estabilize, como também tem de criar vagas novas a uma taxa modesta para acomodar os que estão entrando no mercado de trabalho. As informações são da Dow Jones.