Os governos de Estados Unidos e Coreia do Sul finalizaram um acordo de livre comércio, que se encontrava numa espécie de limbo legislativo desde 2007. As autoridades sul-coreanas, no entanto, estão sendo criticadas por supostamente terem cedido às pressões dos americanos.

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Em pronunciamento feito hoje, em rede nacional de televisão, o ministro do Comércio da Coreia do Sul, Kim Jong-hoon, rechaçou as críticas e negou que Seul tenha apressado as negociações por conta do ataque que a Coreia do Norte lançou a uma ilha sul-coreana no último dia 23, deixando quatro mortos. “Eu negociei (o acordo) apenas com base em princípios econômicos”, afirmou Kim.

O pacto, que precisará da aprovação do Congresso de ambos os países, é o mais amplo desde que o Acordo de Livre Comércio para a América do Norte (Nafta) – entre os EUA, Canadá e México – entrou em vigor em 1994. O presidente americano, Barack Obama, alega que o acordo dará sustentação a pelo menos 70 mil empregos nos EUA.

O acordo não abre todos os segmentos econômicos dos dois países, mas a expectativa é de que amplie o comércio bilateral em pelo menos US$ 10 bilhões e reduza um pouco o superávit sul-coreano com os EUA. Em 2009, a corrente de comércio (exportações e importações) entre EUA e Coreia do Sul atingiu US$ 69 bilhões.

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Para garantir o acordo, Seul concordou em avançar na abertura de seu mercado de automóveis a montadoras americanas. Os EUA poderão vender até 25 mil veículos ao país asiático, anualmente, seguindo os padrões ambientais americanos, em vez dos sul-coreanos. As informações são da Dow Jones.