O governo dos Estados Unidos deve anunciar nesta terça-feira (14) que irá comprar um total de US$ 250 bilhões em ações preferenciais (PN) de nove grandes instituições financeiras – Goldman Sachs, JP Morgan Chase, Morgan Stanley, Citigroup, Bank of America, Merrill Lynch, Wells Fargo, Bank of New York Mellon e State Street – como parte de seu novo abrangente plano para lidar com a crise de crédito e restaurar a confiança no sistema bancário americano, de acordo com uma fonte próxima a questão, informou o jornal americano Wall Street Journal (WSJ). Os recursos são parte do pacote de socorro de US$ 700 bilhões aprovado pelo Congresso dos EUA.

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O movimento foi planejado com linhas semelhantes às dos planos anunciados por governos europeus para remover qualquer estigma que possa surgir com o investimento do governo dos EUA. Nem todos os bancos envolvidos estão felizes com o movimento, mas concordaram sob a pressão do governo.

As iniciativas provavelmente vão suplantar muitos dos esforços anteriores do governo. Elas foram formuladas em conjunto pelo Departamento do Tesouro, Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e Corporação Federal de Seguro de Depósito (FDIC, na sigla em inglês) e vão assegurar que o setor bancário estará atrelado ao governo federal nos próximos anos.

Além disso, espera-se que o FDIC estenda temporariamente sua proteção dos depósitos dos bancos para os novos fundos levantados pelos bancos e instituições de poupança por três anos. Isso seria uma ajuda as companhias que tiveram dificuldades em levantar capital sem a assistência do governo.

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Também se espera que o FDIC suspenda temporariamente os limites de garantia para contas de depósitos bancários que não rendem juros. Isso estenderia para além de US$ 250 mil o limite por depósito aprovado pelo Congresso há duas semanas. A mudança alinha a política dos EUA com outros países que têm oferecido garantias de depósito para tentar evitar que os clientes saquem grandes somas de dinheiro das instituições financeiras.

O secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, chamou os chefes dos principais bancos americanos para uma reunião ontem em Washington, segundo fontes. Acredita-se que atenderam a convocação os seguintes executivos: Ken Lewis, executivo-chefe do Bank of America; Jamie Dimon, executivo-chefe do JPMorgan Chase; Lloyd Blankfein, executivo-chefe do Goldman Sachs Group Inc; John Mack, executivo-chefe do Morgan Stanley; Vikram Pandit, executivo-chefe do Citigroup e Robert P. Kelly, executivo-chefe do Bank of New York Mellon Corp. As informações são da Dow Jones.

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