A economia dos Estados Unidos cortou 467 mil postos de trabalho em junho, superando o corte revisado de 322 mil empregos em maio e a expectativa de economistas de perda de 350 mil vagas no mês passado, segundo dados divulgados hoje pelo Departamento do Trabalho norte-americano. O dado original de maio mostrava redução de 345 mil empregos. Desde que a recessão nos EUA começou, em dezembro de 2007, a economia já perdeu 6,5 milhões de empregos.
Segundo o relatório de hoje, as contratações em manufaturas no mês passado caíram 136 mil, elevando o total desde que a recessão começou para quase dois milhões de vagas perdidas. Desse declínio, o emprego no setor automotivo representou 27 mil. O emprego em construção, por sua vez, caiu 79 mil. O setor de serviços, a principal fonte de emprego nos EUA, perdeu 244 mil postos de trabalho. As empresas de serviços profissionais e negócios eliminaram 118 mil empregos, enquanto o setor financeiro cortou 27 mil. O comércio varejista eliminou 21 mil empregos, enquanto lazer e hospitalidade cortou 18 mil. O emprego temporário caiu em 37.600 em junho – em maio, esse segmento havia registrado a melhor performance em muitos meses.
Continuando a tendência durante a recessão, o emprego em educação e saúde aumentou no mês passado. O governo, por sua vez, eliminou 52 mil vagas, amplamente como resultado de demissões dos trabalhadores contratados temporariamente para preparar o Censo de 2010.
As horas médias trabalhadas por semana caíram para 33 horas, nível recorde de baixa. O ganho médio por hora trabalhada ficou estável em US$ 18,53.
Auxílio-desemprego
O número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego nos EUA caiu em 16 mil na semana encerrada no último sábado (dia 27), após ajustes sazonais, para 614 mil, informou o mesmo departamento. Economistas ouvidos pela Dow Jones esperavam queda de 8 mil no dado semanal.
Na semana encerrada no sábado anterior (dia 20), o número total de norte-americanos que recebiam auxílio-desemprego caiu 53 mil, para 6,702 milhões. A taxa de desemprego referente aos trabalhadores com direito ao benefício e que estão recebendo o auxílio-desemprego foi de 5%, 0,1 ponto porcentual inferior à da semana passada.
Nos EUA, as regras para distribuição do auxílio-desemprego variam de Estado para Estado e nem todos os desempregados têm direito ao benefício. As informações são da Dow Jones.