Os Estados Unidos são favoráveis aos investimentos da China na América Latina e não veem a crescente influência da nação asiática na região como uma ameaça a seus interesses, de acordo com o secretário-adjunto de Estado para a América Latina, Arturo Valenzuela, que está em visita à China. “O compromisso, investimentos e negócios da China com os países latinos ajudam a fortalecer a economia e prover emprego a pessoas deste países”, afirmou.

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Segundo Valenzuela, os Estados Unidos e a China compartilham objetivos na América Latina e ambos os países querem elevar os padrões de vida, melhorar a estabilidade política e fortalecer a segurança na região. Ele afirmou que o governo norte-americano tem um relacionamento mais significativo com a região do que Pequim. Segundo o secretário, cerca de 40% do comércio global dos EUA ocorre com a América Latina. No caso da China, a América Latina representa apenas 5%.

O comércio chinês com a região cresceu cerca de dez vezes na última década, em função da busca da China por novas fontes de matérias-primas e do crescimento das aquisições de produtos chineses pela América Latina. A China emprestou US$ 20 bilhões à Venezuela no início do ano e tem investido pesadamente no Brasil, que possui fortes reservas de minério de ferro. O comércio da China com a região atingiu US$ 143 bilhões em 2008, de acordo com os dados oficiais mais recentes.

Quando questionado sobre os laços diplomáticos de Taiwan com a América Latina e como eles afetam as conversas com a China, Valenzuela afirmou que a questão era uma “nota de rodapé” em suas discussões sobre a região. Diversos países da América Central estão entre as 23 nações da ONU que formalmente reconhecem Taiwan independente de Pequim. As informações são da Dow Jones.

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