Os preços do etanol hidratado recuaram nos postos de 17 Estados brasileiros e no Distrito Federal na semana passada, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Em outros seis Estados houve alta, e no Pará e Paraíba os preços não variaram. No Amapá não foi feita a avaliação.
O ritmo de queda dos preços médios do etanol dos postos brasileiros pesquisados pela ANP perdeu força e houve recuo de 0,94% na semana passada, ante 1,56% na anterior. Em São Paulo, principal Estado produtor e consumidor, a cotação média do hidratado recuou 1,24% sobre a semana anterior, de R$ 2,423 para R$ 2,393 o litro. No período de um mês os preços do combustível caíram 6,34% nos postos paulistas. A maior queda porcentual entre todos os avaliados, de 3,57%, foi em Alagoas e a maior alta no preço do biocombustível na semana passada, de 1,56%, foi em Roraima.
A alta na semana fez com que, no período de um mês, os preços do etanol só subissem em Roraima, com o mesmo 1,56% de aumento no período. E em todas as outras unidades da Federação pesquisadas houve queda e no Amapá não há base de comparação porque o levantamento não foi feito na semana passada. O destaque é o Distrito Federal, com recuo de 7,92%. Na média brasileira o preço do etanol pesquisado pela ANP acumulou queda de 5,55% na comparação mensal.
O preço mínimo registrado na semana passada para o etanol em um posto foi de R$ 1,895 o litro, em São Paulo, e o máximo individual ficou de R$ 4,790 o litro, no Rio Grande do Sul. São Paulo tem também o menor preço médio estadual, de R$ 2,393 o litro, e o maior preço médio ocorreu nos postos do Acre, de R$ 3,976 o litro.
Competitividade
De acordo com os dados da ANP, os preços médios do etanol seguem vantajosos sobre os da gasolina nos cinco Estados entre os maiores produtores do País – São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso. O uso do bicombustível é também favorável no Rio de Janeiro, maior produtor brasileiro de petróleo. O levantamento considera que o etanol de cana-de-açúcar ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.
Em Mato Grosso, o hidratado é vendido em média por 55,31% do preço da gasolina, em São Paulo por 57,13%, em Minas Gerais a 59,38% e em Goiás por 60,04%. No Paraná a paridade está em 62,56% e no Rio de Janeiro em 66,3%. Na média brasileira, a paridade é de 59,18% entre os preços médios do etanol e da gasolina, também favorável ao biocombustível.
A gasolina é mais vantajosa em Roraima, com a paridade de 91,53% para o preço do etanol.