As regiões de Foz do Iguaçu, no Brasil, e Hernandárias, no Paraguai, poderão receber nos próximos anos investimentos de até 700 milhões de euros para desenvolvimento de uma cadeia industrial do silício. O mineral, encontrado no Estado de Minas Gerais, é a principal matéria-prima para fabricação dos painéis fotovoltaicos – equipamentos que geram energia a
partir do aproveitamento da luz solar.

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Um estudo final sobre o projeto, chamado de Silício Verde, foi apresentado quinta-feira (8), no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), pelo superintendente de Energias Renováveis da binacional, Cícero Bley Jr., e representantes da companhia alemã Centrotherm. A empresa é considerada a segunda maior fabricante do mundo de equipamentos para a cadeia de produção do silício.

De acordo com Cícero Bley, o estudo é resultado do acordo de cooperação e transferência de tecnologia assinado em agosto de 2011 pelo diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, e o presidente (CEO) da Centrotherm, Peter Fath. Ao documento serão incorporadas as contribuições dos participantes da reunião de quinta-feira e depois seguirá para os
diretores-gerais da binacional e análise do Conselho de Administração.

O passo seguinte será buscar financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ao banco alemão KfW, para a cobertura dos custos de um estudo de viabilidade econômica. Com esse estudo pronto, começa a fase de sensibilização dos investidores. O cronograma prevê a conclusão do estudo de viabilidade em até dezembro de 2012 e a implantação do projeto em mais três anos.

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“Esperamos anunciar o projeto Silício Verde durante o Dia Mundial da Energia, evento da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20”, antecipou Samek. A conferência será realizada em junho, no Rio de Janeiro.