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Lavoura de soja transgênica na Argentina: menos custo com defensivo agrícola. |
Brasília – A Associação Brasileira dos Produtores de Sementes e Mudas (Abrasem) divulgou ontem estudo no qual aponta que o ganho econômico anual com o cultivo transgênico de soja, milho e algodão é de US$ 1,13 bilhão. O estudo considera a área com soja transgênica plantada em 2006/07 e que 50% da área cultivada com milho e algodão pudesse ser ocupada com organismos geneticamente modificados. Atualmente, o cultivo de milho e algodão transgênicos não está liberado no País.
No caso específico da soja, o estudo mostra que o ganho econômico no País desde a safra 1998/99 pode alcançar US$ 2,9 bilhões. Considerando que o cultivo da soja modificada geneticamente só foi liberado em 2003/04, os ganhos reduziriam para US$ 2,3 bilhões, de acordo com estudo feito pelo economista Edgard Antônio Pereira, da Consultoria Edap e da Unicamp, a pedido da Abrasem.
Segundo ele, do total economizado após a liberação comercial da soja transgênica, US$ 1,3 bilhão provém da economia acumulada com redução dos custos de produção e US$ 1 bilhão com aumento da produtividade.
O relatório do pesquisador indicou, ainda, que a economia no caso da liberação do plantio de milho transgênico poderia alcançar anualmente US$ 192 milhões, considerando a participação de 50% da área plantada com a cultura transgênica. Desse total, US$ 161 milhões resultariam da alta na produtividade e US$ 31 milhões da redução dos custos de produção. Estima-se que a aplicação de milho transgênico reduzirá o consumo de agrotóxicos em 1.739 toneladas por safra.
Com relação ao plantio de algodão transgênico, caso fosse liberado o plantio comercial, a redução na aplicação de agrotóxicos alcançaria 2.893 t por safra. A redução dos custos de produção seria de US$ 35 milhões e os ganhos com produtividade saltariam para US$ 51 milhões, num total de US$ 86 milhões em economia, se considerada também uma área plantada de 50% com algodão geneticamente modificado.
?A eficiência das lavouras transgênicas pode ser medida pelo maior controle de pragas e de plantas daninhas, aumentando o rendimento físico. Soma-se a isso a maior eficiência com redução dos custos de produção, proporcionada pela menor aplicação de agrotóxicos?, disse Ywao Miyamoto, presidente da Abrasem.