Os estoques de veículos nos pátios das montadoras e nas concessionárias somavam 367.100 unidades no final de julho, equivalendo a 36 dias de venda. Em junho, os estoques representavam 33 dias de venda. O número é crítico, apesar de o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, ter dito hoje durante entrevista que considera o nível de estoque “normal”. No encontro com a imprensa no mês passado, porém, ele afirmou que estoques a partir de 35 dias começam a pesar nos custos das empresas.

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Segundo os dados da Anfavea, a indústria encerrou o mês de julho com 126.007 unidades em estoque, o que representa 12 dias de venda (em junho eram 10 dias). Já nas concessionárias haviam 241.093 veículos, o que equivale a 24 dias de vendas (em junho eram 23 dias).

Produção recorde

As montadoras brasileiras registraram em julho recorde de produção para o mês. Foram fabricadas no País 307,2 mil unidades, 3,9% a mais do que em junho e 5,7% a mais do que em julho do ano passado. A produção nos sete primeiros meses do ano também foi recorde para o período e atingiu 2,02 milhões de unidades, 4,3% a mais do que de janeiro a julho do ano passado.

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Balança comercial

O déficit da balança comercial do setor automotivo brasileiro, em unidades, está quase três vezes maior que o registrado de janeiro a julho do ano passado. Segundo dados da Anfavea, o Brasil importou nos sete primeiros meses deste ano 457,4 mil veículos e exportou 296,4 mil, resultado num saldo negativo de 160,9 mil carros. No mesmo período de 2010, esse saldo era negativo em 55,4 mil unidades.

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Considerando as exportações de julho em comparação a junho, houve um aumento de 27,2%, mas, segundo o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, isso ocorreu em razão de algum atraso nos portos. “Esse salto se deve provavelmente a algum navio que deveria ter partido em junho e só partiu em julho. Na média, as exportações continuam estáveis”, afirmou.