Cerca de 500 estivadores do Porto de Santos suspenderam suas atividades na manhã desta quarta-feira, 10. Tanto terminais públicos quanto privados estão sendo afetados pela manifestação, segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Dos 35 navios que estavam atracados no porto às 11h, 13 estavam paralisados. Ainda de acordo com a Codesp, os terminais mais afetados são os direcionados ao carregamento de contêineres e de cargas soltas em geral, que não possuem operação mecanizada.
Os manifestantes saíram em passeata até o centro da cidade de Santos, com direção à alfândega. Segundo a assessoria de imprensa do porto, eles protestam contra a contratação de trabalhadores em um novo terminal portuário administrado pela Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport), da Odebrecht TransPort.
Com base na nova Lei dos Portos, a Embraport está contratando os novos funcionários através do regime de Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), mas os estivadores pedem que os contratos sejam feitos com o Órgão Gestões de Mão de Obra (OGMO).
Em nota, a empresa disse que tem dado preferência aos trabalhadores registrados e cadastrados no OGMO, mas o vínculo empregatício permanece com base na CLT. Dos 538 funcionários contratados, 16 são do OGMO e outros 20 profissionais estariam em processo seletivo, diz a Embraport. A companhia diz ainda que “está negociando (as contratações) com cada categoria de trabalhadores, devidamente representada por seu respectivo sindicato”
Também estão previstos reflexos nas atividades portuárias nesta quinta-feira, 11, data do Dia Nacional de Lutas, marcado pelas centrais sindicais do País. A assessoria do Porto de Santos informou que a guarda portuária vai acompanhar os protestos, mas que a expectativa é de uma paralisação pacífica.