À espera da última reunião de política monetária do Banco Central no ano, marcada para a terça-feira e quarta-feira, os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica) para o fim de 2018. O Relatório de Mercado Focus trouxe nesta segunda-feira, 10, que a mediana das previsões para a Selic este ano seguiu em 6,50% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar. Já a projeção para a Selic no fim do próximo ano foi de 7,75% para 7,50% ao ano, ante 8,00% ao ano de quatro semanas atrás.
No caso de 2020, a projeção para a Selic seguiu em 8,00% e, para 2021, permaneceu também em 8,00%. Há um mês, os porcentuais projetados eram de 8,00% para 2020 e para 2021.
No fim de outubro, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a manutenção, pela quinta vez consecutiva, da Selic em 6,50% ao ano. Ao mesmo tempo, o BC indicou que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da atividade, das projeções de inflação e do balanço de risco.
Ao abordar seu cenário básico, a instituição citou três riscos para a inflação brasileira. De um lado, a ociosidade da economia, que pode provocar baixa de preços. De outro, a possibilidade de as reformas não caminharem e o cenário externo mais desfavorável aos países emergentes, o que pode impulsionar a inflação.
Em documentos anteriores, o BC vinha alertando que os riscos ligados às reformas e ao exterior eram maiores que aquele ligado à atividade econômica. Ou seja, o risco de os preços subirem era superior ao de eles caírem ou continuarem baixos. A instituição afirmou, porém, que essa “assimetria” diminuiu.
Para o grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo, a mediana da taxa básica em 2018 seguiu em 6,50% ao ano, igual ao verificado um mês antes.
No caso de 2019, a projeção do Top 5 para a Selic foi de 7,00% para 7,25%, ante 7,50% de quatro semanas atrás. No caso de 2020, seguiu em 8,00% e, para 2021, permaneceu em 8,00%. Há um mês, estavam em 8,25% para 2020 em 8,00% para 2021.