A estiagem nos meses de janeiro e fevereiro provocou atrasos no plantio do feijão de segunda safra, o que pode se refletir em reduções nas estimativas de produção nos próximos levantamentos. Nesta quarta-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) informou previsão de 1,461 milhão de toneladas para o feijão 2ª safra, de acordo com o Levantamento Sistemático de Produção Agrícola (LSPA) de fevereiro. O montante representa alta de 10,4% em relação a 2013, mas 0,9% menos do que no levantamento de janeiro.
Segundo o IBGE, Minas Gerais é o Estado que mais sofre com as adversidades climáticas. A previsão de produção entre janeiro e fevereiro sofreu baixa de 10,3%, para 176,013 mil toneladas. Lá, a produção deve ser 9% menor do que no ano passado. “A região Nordeste também pode ser afetada, pois lá a seca persiste há três anos”, disse o gerente da Coordenação de Agropecuária do IBGE, Mauro Andreazzi.
O Paraná, maior produtor, também teve uma revisão baixista, para 511,137 mil toneladas (-1,4% ante o levantamento de janeiro). Mesmo assim, o volume colhido será 43,3% superior ao de 2013.
A primeira safra de feijão terá um forte ganho ante o volume colhido no ano passado. A estimativa de fevereiro aponta produção de 1,767 milhão de toneladas, o que representa um crescimento de 61,9% ante 2013. Segundo o IBGE, o resultado é reflexo do aumento de 19,4% na área plantada e de 22,2% no rendimento médio. Os maiores produtores desta safra são Paraná (23,9% do volume), Minas Gerais (12,2%) e Ceará (12%).
As estimativas para a terceira safra nacional do feijão foram mantidas em 502,040 mil toneladas.