A presidente da Petrobras, Graça Foster, confirmou que a estatal busca sócios para desenvolver seus projetos de novas refinarias no Maranhão e no Ceará. Existem conversas com grupos de China e Coreia.

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Parte dos entendimentos, afirmou, são patrocinados pelos Estados onde serão instaladas as unidades, conhecidas como refinarias premium. Graça nega que exista a intenção, porém, de desistir dos dois projetos, que estão sob reavaliação no Plano de Negócios 2012-2016 da estatal.

“Não procede essa informação [de desistir dos projetos]. Existiam movimentos nos Estados e agora movimentos da Petrobras para trazer possíveis parceiros”, disse Foster.

Para a executiva, a motivação da eventual sociedade será sobretudo a transferência tecnológica, e não a necessidade de recursos adicionais a serem aportados por sócios para concluir os empreendimentos.

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“A principal motivação não são recursos, mas conhecimento”, disse. Segundo a presidente da estatal, a Petrobras não possui experiência em projetos de refino, ao contrário dos das áreas de exploração e produção e gás e energia.

A ideia, afirma, é que os sócios possam ajudar a elaborar projetos de “engenharia com mais simplicidade e mais de fácil implementação”.

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Petroquímica

A executiva afirmou ainda que o aumento da produção de gás natural nos EUA, a partir das novas técnicas de extração do shale gas (o gás de xisto) “é uma realidade”, que provocou a redução dos preços do gás para a faixa de US$ 2 a US$ 3 o milhão de BTU (unidade de medida de calor, usada para o gás).

Tal custo, diz, “é uma grande força de atração da indústria petroquímica” para os EUA. Foster disse, porém, que os governos do Brasil (federal e dos Estados), a Petrobras e as empresas nacionais vão “saber manter” os projetos do setor no país, sinalizado que pode haver algum tipo de benefício fiscal.

Foster participou de almoço em sua homenagem, promovido pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais) do Rio de Janeiro. Ainda sem data, o aumento dos combustíveis “certamente virá”, diz Graça Foster.