Em dois anos, a Petrobrás vai se transformar numa empresa completamente diferente da que é atualmente, disse o presidente da estatal, Roberto Castello Branco. Segundo ele, o pior momento da crise financeira e de reputação da petroleira ficou para trás. Agora, acredita ele, falta garantir o retorno do capital investido no mesmo patamar de suas competidoras de porte internacional.

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“A Petrobrás de 2021 deverá investir muito mais do que tem desinvestido nos últimos anos”, disse o executivo, em evento do Lide, no Rio. O foco continuará sendo o pré-sal, mas a empresa também vai aportar dinheiro na revitalização de campos gigantes da Bacia de Campos – ativos que, até a produção no pré-sal ser iniciada, eram a principal fonte de extração de petróleo. Hoje, essas áreas estão em declínio. Para que ganhem sobrevida, devem ser investidos US$ 21 bilhões.

No futuro, a empresa também não estará mais nos segmentos de distribuição e transporte de gás natural. “Não precisamos ser donos dos ativos: precisamos dos serviços desses ativos. Estamos decididos a sair completamente do transporte de gás, assim como da distribuição de gás”, enfatizou o presidente da companhia.

Para isso, a companhia quer se desfazer das participações que possui em distribuidoras estaduais por meio da subsidiária Gaspetro e ainda devolver duas concessões no Uruguai. “Vim a descobrir que a Petrobrás é a grande distribuidora de gás do Uruguai, com duas empresas, nas quais em 13 anos fomos forçados a fazer 15 aportes de capital. Pretendemos devolver essas concessões o mais rapidamente possível.”

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.