O governo não vai criar a empresa de logística dos Correios neste ano. A preferência é deixar o projeto todo formatado, mas entregar a decisão para o próximo governo, que será eleito no dia 3 de outubro. No estado de desorganização interna e gerenciamento caótico em que mergulhou, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), segundo uma fonte do governo, não tem condições de tocar dois processos essenciais: reorganizar-se administrativamente e tocar a implantação de uma subsidiária que investiria inicialmente cerca de US$ 400 milhões na compra de uma frota de aviões cargueiros.

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O formato dos novos Correios, definido pelo governo, prevê que a ECT deixe progressivamente de ser uma coletora e entregadora de cartas para se transformar em uma grande empresa de logística de transporte e entrega de encomendas. “No mundo da internet e com a postagem cada vez menor de cartas, o futuro dela é como empresa de carga”, disse ontem uma fonte do governo.

Os Correios vêm registrando, nos últimos anos, queda no número de mensagens de pessoas físicas. Por outro lado, a empresa registra grande crescimento em outros nichos ligados à internet. Só o segmento de encomendas e entregas expressas, por exemplo, cresceu 22% ano passado. O projeto de criação da empresa de logística da ECT prevê a compra, com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de uma frota de 13 aviões usados, de grande porte, com preço médio de US$ 30 milhões por aeronave. Hoje, os Correios gastam em torno de R$ 350 milhões por ano com o aluguel de aeronaves de empresas como NTA, Rio, Airbrasil e Beta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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