Os investimentos das empresas estatais recuaram R$ 5,1 bilhões no primeiro quadrimestre de 2011 em relação ao mesmo período do ano anterior, em valores já corrigidos pela inflação. Caso o montante não fosse atualizado pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), a queda seria de R$ 2,4 bilhões.
O recuo interrompe o movimento de alta dos aportes das estatais, em valores reais, que vinha ocorrendo desde 2005. De janeiro a abril, dos R$ 107,8 bilhões disponíveis no Orçamento para este ano, apenas R$ 22,6 bilhões, ou 20,9%, foram utilizados. No mesmo intervalo de 2010, R$ 27,7 bilhões foram gastos, ou 26,4% do total. Os números foram publicados na quarta-feira no Diário Oficial da União e as comparações foram feitas pela Associação Contas Abertas.
O Grupo Petrobras reduziu os investimentos de R$ 25,6 bilhões no primeiro quadrimestre de 2010 para R$ 20,5 bilhões no mesmo período deste ano, em montantes já corrigidos. O aporte da estatal crescia, em valores reais, desde 2003, mas o movimento foi interrompido no primeiro quadrimestre deste ano. Em relação ao volume autorizado no Orçamento, a Petrobras e suas subsidiárias desembolsaram 22,42% nos primeiros quatro meses de 2011, ante 29,10% em 2010.
Procurada, a assessoria da Petrobras respondeu à Contas Abertas que “os investimentos variam de acordo com o andamento das obras em execução”. “Nos primeiros meses de 2010, por exemplo, foram maiores do que os mesmos meses de 2011. Entre outros empreendimentos, destaca-se a consolidação de grandes projetos na malha de gasodutos, bem como de conclusão de plataformas de produção. O importante é que os investimentos anualizados da companhia têm sido sempre crescentes”, continuou.
Infraero
De janeiro a abril deste ano, dos R$ 2,2 bilhões disponíveis, a Infraero investiu apenas R$ 144 milhões ou 6,5%. No mesmo período do ano passado, a estatal havia aportado R$ 107,3 milhões em valores corrigidos, o que porcentualmente representa 6,59%. Já o grupo Eletrobras aportou R$ 1,3 bilhão no primeiro quadrimestre (15,71% do total), contra R$ 1,2 bilhão (12,96% do total) em 2010. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.