Em entrevista à Folha de S. Paulo sobre a crise generalizada que assombra o Paraná, o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, deu declarações categóricas e deu a entender que não há grandes expectativas de que o Estado volte à normalidade tão cedo.
“Hoje, nós não temos recurso para nada. Nós estamos contando os centavos para fazer o pagamento da folha. A situação é grave”, declarou Mauro Ricardo Costa.
Quando questionado sobre a retirada de direitos adquiridos pelos servidores, o secretário disse que não se tratam de direitos, mas de privilégios. “A população acha que é adequado pagar transporte quando os professores estão de férias, ou afastados? O restante do funcionalismo recebe isso? Não recebe. Só os professores recebem”, disparou.
Segundo ele, se não fosse pela “boa vontade dos poderes”, a situação ainda estaria pior. “Não é que não quer pagar. É que o dinheiro não existe”, alegou Costa, que, em janeiro, assim como todos os seus colegas secretários de Estado, recebeu um reajuste de cerca de R$ 3 mil no salário e, agora, passa a receber R$ 23.600,00 todo mês.
Mauro Ricardo Costa ainda disse que, apesar dos esforços, o pagamento da folha em fevereiro não está garantido aos servidores.
Com informações da Folha de S. Paulo.