Estamos buscando o corte na carne, diz secretário do Tesouro

O secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, disse nesta quinta-feira, 24, que, caso o mercado financeiro não se mostre apto a operações como a abertura de capital do Instituto de Resseguros Brasil (IRB), da Caixa Seguridade e aos leilões de usinas hidrelétricas antigas, que trariam receitas extraordinárias e com as quais o governo conta, haverá a necessidade de novas alterações nas receitas e despesas para viabilizar o cumprimento da meta fiscal. “Se o mercado não se demonstrar tão apto a essas operações, temos que rever novamente projeções, fazer o contingenciamento necessário para o atingimento da meta”, disse.

Para Saintive, o governo tem buscado rever as receitas dentro do possível e feito o contingenciamento necessário para o cumprimento da meta deste ano. “Estamos atentos às expectativas de mercado, em nenhum momento fizemos aumento de despesas”, afirmou, durante audiência pública na Comissão Mista de Orçamento.

Em um discurso alinhado ao do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e da Receita Federal, Saintive afirmou também que o governo vem reduzindo despesas discricionárias ao longo do ano buscando o chamado corte na carne. A decisão do governo de tomar medidas, como a criação do fórum para discutir a Previdência Social, de acordo com o secretário do Tesouro, não foi por acaso e ressaltou que o contingenciamento já anunciado pela equipe econômica “é expressivo”. Ainda segundo ele, 2015 é um ano de desafios e de buscar “equilíbrio das contas públicas”.

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