O governo americano admite que está disposto a voltar a conversar com o Brasil sobre a possibilidade de retomar as negociações comerciais entre o Mercosul e os Estados Unidos. Mas diz que “não haverá um presente” por parte de Washington, enquanto negociadores alertam que a possibilidade de uma retomada ainda seria fortemente dificultada diante de o atual governo americano, do presidente George W. Bush, estar em seus últimos meses.

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Na última segunda-feira (28), ao ver fracassar a atual etapa de negociações da Rodada Doha, da Organização Mundial do Comércio (OMC), o chanceler Celso Amorim admitiu que poderia voltar a conversar com a Casa Branca para uma aproximação em termos de uma negociação. Mas alertou que o processo não poderia repetir os mesmos erros da Alca, quando os americanos insistiam em regras de propriedade intelectual e investimentos.

“Estou sempre disponível para falar com o Brasil sobre liberalização comercial. Amorim exibiu liderança e foi um dos países que, junto com os Estados Unidos, endossou o pacote, mesmo que isso tenha causado alguma dor e desconforto. Estou sempre interessada em ter essa conversa”, afirmou Susan Schwab, representante de Comércio da Casa Branca. Mas a enviada do governo Bush deixou claro que acordos de comércio “não será um presente” que Washington fará.

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