Os recursos que irão custear o programa social de energia elétrica gratuita a famílias de baixa renda já estão assegurados no Orçamento do Estado para o exercício de 2003. A informação é do presidente da Copel, Paulo Pimentel, que prevê a destinação de cerca de R$ 4 milhões para a implantação da medida. “Este é um programa de expressivo alcance social do governador Roberto Requião, que além de não onerar a Copel restitui um requisito essencial de conforto e segurança a famílias que hoje precisam optar entre pagar a conta de luz ou dar de comer aos filhos”, afirma Pimentel.
O presidente da Copel também descartou a possibilidade de que outro programa do Governo estadual, o de estimular com tarifas diferenciadas a instalação de novos empreendimentos em regiões economicamente deprimidas, venha a causar impacto de forma negativa as finanças da empresa. “Pelo contrário, temos bons motivos para crer que a medida terá conseqüências bastante benéficas”, argumenta.
Segundo Paulo Pimentel, a Copel tem hoje excedentes comercializáveis de eletricidade que são negociados no Mercado Atacadista (o MAE) à base de 4 reais por megawatt-hora. “Isso quando vende, pois todas as geradoras de energia têm excedentes, e ainda sem ter muita certeza de quando receber, uma vez que a liquidação das operações realizadas no MAE encontra-se suspensa. É essa energia excedente que a Copel vai colocar à disposição do governador Roberto Requião para a viabilização do programa”.
Nas contas do presidente, ainda que a tarifa do megawatt-hora consumido nesses novos empreendimentos tenha um desconto de 40%, seu preço de venda será bem superior ao que a empresa poderia esperar comercializando no MAE.
“Acrescente-se a isso que a dinamização das economias regionais, a geração de novos empregos e a conseqüente melhoria do padrão econômico da população vão se traduzir mais adiante na ampliação do mercado consumidor e, por conseguinte, no crescimento da arrecadação da própria Copel, num verdadeiro círculo virtuoso”, arremata Pimentel.