A geração de empregos com carteira de trabalho assinada no Paraná, em 2010, teve um saldo de 154.014 mil vagas, melhor número alcançado nos últimos 15 anos. Antes desse marco, o melhor saldo anual havia sido registrado em 2004 com 122.648 postos formais de trabalho.
Os dados foram apresentados, ontem, pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que cruzou informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
O desempenho paranaense colocou o Estado na quinta posição entre as unidades da federação que mais criaram vagas em 2010. São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul apresentaram saldos superiores ao Paraná (confira o quadro). No total, o Brasil finalizou 2010 com 2.524.678 vagas formais.
O setores que mais avançaram nas contratações tanto no Brasil quanto no Paraná foram serviços, comércio, indústria da transformação e construção civil. Juntos, tais setores responderam pela geração de 154.724 mil vagas, soma superior ao total atingido pelo Estado.
O encolhimento dos postos de trabalho na agricultura foi o responsável pelo decréscimo no saldo final do Paraná. Esse setor ficou com -2.210 vagas ao final de 2010.
País
No cenário nacional, os mesmos segmentos empregaram 2.475.701 trabalhadores, número um pouco menor do que o total. Assim como no Paraná, a diminuição dos empregos formais na agricultura reduziu o saldo geral do Brasil em 2010, com -2.580 vagas no setor.
Vale observar que, na comparação entre os estados, o saldo positivo dos postos de trabalho da agricultura da região Centro-Oeste e de parte do Nordeste acabaram compensando a retração registrada nos estados de tradição agrícola do Sul e Sudeste.
“Não dá para desconsiderar o desaparecimento de mais de duas mil vagas na agricultura paranaense, precisamos identificar as causas para fazer um diagnóstico real da situação. O processo de mecanização da colheita da cana-de-açúcar no Paraná certamente tem impactado nos números, assim como ocorreu em São Paulo, onde quase 30 mil empregos na agricultura foram exterminados”, avalia o secretário estadual do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Luiz Claudio Romanelli.
Em relação à evolução das contratações formais para este ano, o secretário aposta em um crescimento ainda maior de 190 mil pessoas, por meio das Agências do Trabalhador espalhadas pelo Estado.
Segundo ele, a exemplo de 2010, os setores de serviços, comércio e indústria da transformação seguirão puxando os números do Paraná. “”O ano já começou muito bem. Até mesmo a indústria começou o ano contratando”.