A campanha de vacinação contra febre aftosa será lançada oficialmente, nesta sexta-feira (27), em Loanda, noroeste do Paraná, pelo secretário da Agricultura e do Abastecimento e presidente do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa), Valter Bianchini. O lançamento da campanha será precedido do Fórum Regional Paraná Livre de Febre Aftosa, em que são esperadas cerca de 400 pessoas, entre representantes da iniciativa privada e de instituições das administrações estadual e municipal.
A primeira tarefa da mobilização é vacinar 100% dos rebanhos de bovinos e bubalinos, durante a primeira etapa da campanha de vacinação, que vai de 1.º a 20 de maio. Loanda foi escolhido para o lançamento da campanha por ser um dos 27 municípios integrantes da área de fronteira, onde serão centralizados os esforços para vacinação e também por ser representativo para a pecuária do Paraná.
Para o secretário Valter Bianchini, os municípios, principalmente os das regiões de fronteiras com outros países e divisas interestaduais, também devem assumir a responsabilidade pela vacinação dos animais como meta primordial para o seu desenvolvimento econômico e social. ?É no município que se paga o maior preço se ocorrerem enfermidades nos rebanhos?, justificou.
O médico veterinário Silmar Bürer, chefe do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária da Seab, afirmou que a ocorrência de enfermidades nos rebanhos, na região do Cone Sul, nos últimos anos, tem demonstrado a importância do ambiente local. ?As decisões precisam ser efetivamente executadas pelos prefeitos e seus secretários de Agricultura?, orientou.
O Ministério da Agricultura vai destinar ao Paraná 11 milhões de doses de vacina contra febre aftosa, que serão suficientes para a vacinação de 10,2 milhões de cabeças de bovinos e de bubalinos em todo o Estado.
A região de fronteira está sendo tratada como de ?alta vigilância?. ?Por isso deve receber a atenção de todas as entidades que compõem o Conesa, lideranças municipais e do Estado?, destacou Bürer. Nessa região, as propriedades serão georreferenciadas, para facilitar a identificação de propriedades e do rebanho, e a vacinação será assistida. A iniciativa já é uma ação pública que prepara essas áreas para a implantação do Sistema Unificado de Atenção à Saúde Agropecuária (Suasa), que tem como meta a manutenção da saúde animal.