Cerca de 15% da próxima safra paranaense de soja foi semeada. A estimativa é do Departamento de Economia Rural da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Deral). A previsão para 2003 é de um novo recorde produtivo na cultura, com uma safra de 10,4 milhões de toneladas, um aumento de 9,8% em relação à produção passada.
O agrônomo Otmar Hubner informa que os sojicultores plantaram aproximadamente 534 mil hectares, de uma área total estimada em 3,49 milhões de hectares, 6% superior à cultivada na safra atual. A expansão é atribuída aos preços atraentes praticados no mercado, estimulado pelo aquecimento do consumo mundial. Enquanto em outubro de 2001 as cotações estavam em torno de US$160 a tonelada, este mês vêm se mantendo ao redor de US$ 205/tonelada.
Segundo produtor nacional de soja comercial, o Paraná é o primeiro em semente. Para semear a próxima safra, o Estado colheu este ano cerca de 4 milhões de sacas de 60 quilos, em mais de 240 mil hectares. Essa produção é suficiente para garantir o cultivo comercial de 3 milhões de hectares de grão – pouco menos que a área estimada para a próxima safra paranaense.
Monitoração – Único Estado a monitorar sua lavoura de sementes, o Paraná promoveu este ano testes de transgeníase em todas as propriedades que cultivam a semente. Esses testes, que visam detectar a ocorrência de lavouras transgênicas – proibidas no Brasil – e impedir que elas sejam utilizadas para o plantio comercial, apresentaram resultados negativos em 100% dos casos.
“No que depender dos produtores paranaenses de sementes, o Brasil não tornará a plantar nenhum pé de soja transgênica”, diz o secretário estadual da Agricultura Deni Schwartz. Na atual safra, a Secretaria da Agricultura detectou e interditou 117 casos de lavouras transgênicas. A produção ilegal, que cobriu apenas 964,68 hectares, representou 0,03% da produção estadual.