A proteção da avicultura paranaense contra a “influenza aviária” foi discutida na Secretaria da Agricultura pelo Comitê Estadual de Sanidade Agrícola – Coesa. Também conhecida como gripe do frango, a doença praticamente acabou com o setor avícola na China e já foi registrada nos Estados Unidos. Os primeiros sintomas são queda de produção e alta mortalidade e a principal via de transmissão são as aves migratórias e pessoas que tiveram contato com aves infectadas.
Apesar de não haver registro da gripe do frango no Brasil, a Divisão de Sanidade Animal (DAS) da secretaria está em alerta. De acordo com o chefe da DSA, Alvarez Cherubini, em complemento às medidas já adotadas pelo Ministério da Agricultura, o Paraná, por meio da Secretaria da Agricultura e de todas as entidades ligadas a avicultura, estabeleceu uma série de medidas de proteção ao seu plantel.
Entre as medidas estão um sistema ativo de vigilância para atender qualquer suspeita da doença, difusão de informação envolvendo todos os elos da cadeia produtiva e atualização contínua dos profissionais ligados a avicultura, por meio de treinamentos e capacitações. As 120 unidades veterinárias do Estado estão prontas para orientar os avicultores. Alvarez aconselha ainda que qualquer suspeita seja comunicada imediatamente à defesa sanitária.
Para o veterinário Silmar Burer, secretário executivo do Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária, que coordenou a reunião, as chances são remotas, mas a “influenza aviária” pode chegar no Brasil. Para evitar que isso ocorra, o Ministério da Agricultura adotou algumas providências, como a proibição da importação de aves e seus produtos de países onde foram registrados casos da doença, fiscalização nos portos, aeroportos e postos de fronteira e ainda a realização de exames em aves migratórias e nas granjas de produção avícola.
O Comitê de Sanidade Avícola explica o que fazer para evitar a introdução da gripe do frango no Brasil :
– evitar países onde existe a doença. Caso seja necessário visitar esses países, as pessoas devem evitar contatos com as aves. As roupas e calçados utilizados deverão ser bem lavados e ao regressar ao Brasil a pessoa não deve entrar em contato com aves, pelo menos por uma semana;
– em hipótese alguma as pessoas devem trazer alimentos de origem animal de qualquer país;
– evitar a entrada de pessoas nos aviários e proibir o acesso de pessoas estranhas à atividade.
