Os preços cobrados pelos serviços de estacionamento explodiram nas grandes cidades e já subiram neste ano até maio mais que o dobro da inflação do período. Crescimento da frota de veículos e ganhos de renda da população aumentaram a procura por esse tipo de serviço, cujo preço hoje foge de qualquer parâmetro considerado razoável.

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Estacionamentos localizados nos Jardins, região nobre da capital paulista, chegam a cobrar R$ 35 por uma hora de permanência de um carro popular. Com esse dinheiro, é possível ir e voltar, de táxi, da Avenida Sumaré, na zona oeste, até a Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, na zona sul, um percurso de 12 quilômetros.

Entre janeiro e maio deste ano, os preços dos estacionamentos subiram em média 7,63% em cinco regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é 105,7% maior que a inflação oficial do País medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mesmo período, que foi de 3,71%.

“A maioria dos serviços está subindo muito porque o poder aquisitivo da população aumentou”, diz a pesquisadora do IPCA, Irene Machado. No caso do serviço de estacionamento, ela ressalta que a demanda cresceu em razão do aumento da frota de veículos.

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Levantamento do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) indica que a frota brasileira de veículos, que inclui automóveis e comerciais leves, cresceu 8,4% no último ano, com a entrada em circulação de 2,3 milhões de carros. A maior parte da frota está concentrada nas grandes regiões metropolitanas do País. Só o Estado de São Paulo reúne 35% dos veículos.

“A procura é maior do que a oferta e o problema atual é a falta de vagas nas regiões mais adensadas”, afirma Marcelo Gait, presidente do Sindicato das Empresas de Garagens e Estacionamentos do Estado de São Paulo (Sindepark), que reúne 65 empresas do setor e 1.500 estacionamentos espalhados pelo Estado.

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As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.