A maioria do mercado financeiro aposta em um corte de, pelo menos, 1,5 ponto percentual na taxa Selic na próxima quarta-feira, quando o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anuncia sua decisão sobre os juros básicos da economia, hoje em 24,5% ao ano.
De 40 economistas de bancos, corretoras, administradoras de recursos e consultorias ouvidos ontem pelo jornal Folha de São Paulo, 80% (32 entrevistados) acreditam que o Copom vai reduzir os juros em 1,5 ponto, para 23% ao ano. Já 20% (oito instituições) acham que o corte será de 2 pontos percentuais.
A queda da inflação acima do esperado e o desaquecimento da economia são os principais fatores citados pelos economistas para justificar o terceiro corte dos juros do governo Lula.
A maioria estima que a taxa Selic deve fechar o ano em torno de 20% ao ano. Ou seja, as instituições esperam novas reduções dos juros nos próximos meses.
As incertezas sobre o ritmo da recuperação da economia americana e o desempenho dos títulos dos EUA de longo prazo são apontados como fatores que podem inibir uma ação mais agressiva do BC na redução dos juros, alertam alguns profissionais.