As contas do setor público acumulam um déficit primário de R$ 45,692 bilhões em 12 meses até junho de 2015, o equivalente a 0,80% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o Banco Central, o esforço fiscal piorou em 12 meses em relação ao período encerrado em maio, quando estava negativo em R$ 38,469 bilhões, o equivalente a 0,68% do PIB.
O resultado fiscal nos 12 meses encerrados no mês passado foi influenciado pelo déficit de R$ 37,752 bilhões do Governo Central (0,66% do PIB). Os governos regionais (Estados e municípios) apresentaram um déficit de R$ 2,170 bilhões (0,04% do PIB).
Enquanto os Estados registraram um déficit de R$ 7,052 bilhões, os municípios alcançaram um saldo positivo de R$ 4,882 bilhões. As empresas estatais, no entanto, registraram um resultado negativo de R$ 5,769 bilhões no período.
Déficit nominal
O setor público consolidado registrou um déficit nominal de R$ 36,256 bilhões em junho. Em maio, foi registrado déficit de R$ 59,777 bilhões e, em junho do ano passado, o resultado foi negativo em R$ 20,792 bilhões. O resultado de junho é o maior déficit para o mês desde 2002 – a série do Banco Central teve início em dezembro de 2001.
No mês passado, o governo central registrou déficit nominal de R$ 29,698 bilhões. Os governos regionais tiveram saldo negativo de R$ 5,389 bilhões. As empresas estatais registraram déficit nominal de R$ 1,169 bilhão. No primeiro semestre deste ano, o déficit nominal está em R$ 209,646 bilhões ou 7,35% do Produto Interno Bruto (PIB). Nos 12 meses encerrados em junho, o déficit nominal está em R$ 462,696 bilhões. O valor é equivalente a 8,12% do PIB, patamar inédito.