Para o presidente do Sindimetal – sindicato que representa as empresas do setor metalúrgico – Roberto Sotomaior Karan, encontrar o ponto de equilíbrio entre as mudanças das reformas sindical e trabalhista, que contemplem empresas e empregados, é o grande desafio das entidades de classe. “É preciso encontrar pontos comuns para que possamos subsidiar os parlamentares que estarão votando essas mudanças”, ponderou. Para Karan a sistema sindical no Brasil está defasado, e é preciso flexibilizar as relações do trabalho. Ele entende que a relação capital/trabalho está mais madura, com mudanças na visão, por exemplo, que a novas tecnologias não são uma ameaça para os trabalhadores, e que as empresas precisam inserir a mão-de-obra dentro dessas mudanças.

Karan é um dos participantes do Congresso Sul-Brasileiro sobre Relações no Trabalho, que começou ontem e termina hoje em Curitiba, que pretende “promover a discussão das relações entre capital e trabalho com o objetivo de apresentar propostas para as reformas trabalhista e sindical”. O evento é uma parceria do Sindimetal/Pr e Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, como o apoio da Associação dos Magistrados do Trabalho da 9.ª Região.

A responsabilidade social também contribui para uma nova postura, “já que a empresa passa a ser avaliada por seu relacionamento com os funcionários e comunidade aonde está inserida, ao invés apenas dos resultados financeiros”. Karan diz acreditar ainda na necessidade de selecionar as entidades sindicais sérias e com tenham trabalhos efetivos, pois muitas surgiram apenas para arrecadar recursos. Para ele, os sindicatos vão além da defesa dos direitos trabalhistas, e podem funcionar como prestadoras de serviços, e o mais importante, trabalhar em conjunto com o setor patronal para reduzir os níveis de desemprego.

Serviço: O Congresso prossegue até as 18h com os temas: “Novas Formas de Contratação, Reforma da Legislação Trabalhista e o Poder Normativo da Justiça do Trabalho no Contexto da Reforma Sindical.” Informações: (41) 372-1177.

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