O volume de petróleo extraído do Bloco 18 e repassado para o governo do Equador vai aumentar de 51% para 60%, segundo o ministro de Mineração e Petróleo do Equador, Derlis Palacios, em afirmação à agência Dow Jones. O Bloco 18 é operado pela Petrobras naquele país. O presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou no fim de semana que a Petrobras concordou com um contrato temporário de participação na produção de petróleo no Bloco 18, que será transformado em um contrato de prestação de serviços dentro de um ano.
Sob os termos do atual contrato de participação, o Equador recebe uma porcentagem dos lucros da produção de petróleo. Pelo novo contrato de prestação de serviços, as companhias receberão um pagamento pela produção e terão os custos com investimento reembolsados, mas todo o petróleo extraído passará a pertencer ao Estado.
Atualmente a Petrobras produz cerca de 32 mil barris de petróleo por dia no Bloco 18. “Segundo o acordo assinado na sexta-feira, o Estado vai aumentar sua participação na produção de petróleo do bloco para 60%. Em troca, o imposto que a Petrobras paga sobre lucros inesperados será reduzido dos atuais 99% para 70%”, afirmou Palacios. O ministro acrescentou que, apesar de o contrato temporário ter tido a duração estipulada em um ano, ele espera assinar um contrato de prestação de serviços rapidamente, “talvez em cerca de três meses”, porque isso beneficiaria tanto o governo quanto a companhia.