O presidente da Empresa de Planejamento e Logística, Bernardo Figueiredo, disse nesta segunda-feira, 06, que o governo vai assegurar uma taxa de retorno (TIR) de 15% ao ano nas concessões de rodovias federais previstas para serem concedidas à iniciativa privada. Ele participa do 8ºFórum de Logística e Transporte, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
De acordo com Figueiredo, esse patamar de retorno agradou empresários e investidores e as discussões do momento estão concentradas na questão do gerenciamento dos riscos dos projetos. “Chegamos a um bom termo entre empresários e investidores. Agora, as discussões estão concentradas na questão do gerenciamento dos riscos dos projetos.”
Figueiredo afirmou, também, que técnicos do governo percorreram todas as rodovias previstas para serem concedidas para verificar se há falhas nos projetos.
O presidente da EPL disse que os estudos dos sete lotes de rodovias que irão a leilão serão entregues ao Tribunal de Contas da União (TCU) nesta semana. Sobre os editais, ele afirmou que os das BRs 040 e 116 serão publicados em agosto para que os leilões ocorram em setembro. Os demais trechos deverão ter os editais publicados em julho.
Quanto aos projetos de concessão de ferrovias, Figueiredo afirmou que alguns poderão ficar para o ano que vem. Ele admitiu atrasos nos lançamentos dos editais das ferrovias, que estavam previstos para serem publicados em março (grupo 1) e maio (grupo 2).
Conforme apresentação, os editais devem ser publicados entre julho e dezembro, enquanto os leilões poderão ser realizados a partir de outubro. “Estamos revendo cronograma de ferrovias, mas alguma coisa pode ficar para o ano que vem”, afirmou.
Interesse em infraestrutura
De acordo com o presidente da EPL, as apresentações brasileiras realizadas no exterior (roadshow) e conversas com empresas estrangeiras para apresentar os projetos de infraestrutura mostraram que existe um ambiente favorável para investimentos no País.
Figueiredo afirmou que estudos do governo apontam que são necessários investimentos entre R$ 500 bilhões e R$ 600 bilhões nos próximos anos para acabar com os gargalos logísticos do País. “Precisamos de um choque de investimento para reverter esse quadro daqui a sete ou oito anos”, disse.