economia

EPE projeta crescimento médio anual de 5,3% na produção de gás natural até 2026

A produção brasileira diária de gás natural deve aumentar cerca de 16 milhões de metros cúbicos em 10 anos, passando dos atuais 67 milhões de metros cúbicos por dia para 96 milhões metros cúbicos por dia em 2026, o que corresponde a crescimento médio anual de 5,3%, segundo estimativas da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apresentadas na manhã desta segunda-feira, 11, durante evento promovido pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib).

O superintendente de gás natural e biocombustíveis da EPE, Giovani Machado, salientou que o montante não leva em consideração a entrada em operação dos campos de Carcará e Pão de Açúcar, mas leva em consideração que parte do gás a ser extraído em campos do pré-sal será reinjetado por conta de condições econômicas e operacionais específicas de cada campo.

Considerando os volumes disponíveis de importação, seja da Bolívia por meio de gás natural liquefeito (GNL), o montante chegará ao final de 2026 em cerca de 120 milhões de metros cúbicos diários. A projeção considera que o volume de gás boliviano disponível reduzirá a 20 milhões de metros cúbicos a partir de 2022, enquanto o volume de GNL refere-se apenas aos terminais já existentes e conectados à malha.

Conforme Machado, a redução do volume de gás boliviano a ser importado ao Brasil está relacionado ao atual momento do país vizinho, que ainda realiza campanhas exploratórias que possam confirmar o potencial adicional de reservas de gás, de maneira a lastrear futuros contratos de maiores volumes.

Diante do cenário traçado, o superintendente indica que a folga de oferta de gás atualmente observada será reduzida ano a ano e que no segundo período do prazo indicado o mercado será “mais apertado”.

Ele minimizou preocupações com essa questão, porque avalia que há muitos fatores que podem levar a uma significativa mudança desse quadro, seja com uma antecipação da produção de Carcará e Pão de Açúcar, seja com uma redução da perspectiva de demanda, caso não se confirme a projeção de consumo termoelétrico, ou com a conexão de novos terminais de regaseificação atualmente já planejados ou em construção.

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