A participação de fontes renováveis na matriz energética brasileira encolheu de 42,3% em 2012 para 41% em 2013, de acordo com Balanço Energético Nacional (BEN) elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A retração é explicada principalmente pela menor oferta de energia hidráulica, consequência das condições hidrológicas desfavoráveis, o que contribuiu para que a oferta de energia hidráulica caísse de 39,2 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (Mtep) em 2012 para 37,1 Mtep em 2013, uma retração de 5,4%.

continua após a publicidade

Quando considerada a geração total de fontes renováveis, a oferta teve alta de 1,4%, para 121,5 Mtep. A oferta de fontes não renováveis, por sua vez, cresceu 6,8% em igual base comparativa, para um total de 174,7 Mtep (59% do total). O número foi puxado principalmente pelo consumo de gás natural, usado para o acionamento das térmicas, cuja oferta teve um salto de 15,9%, para 37,8 Mtep em 2013. A principal fonte de origem energética do País continua sendo o petróleo, com a oferta de 116,5 Mtep em 2013, uma expansão de 4,6% em relação ao ano anterior.

O levantamento da EPE aponta que a oferta interna de energia, equivalente ao total de energia demandada no País, atingiu 296,2 Mtep em 2013, uma expansão média de 4,5% em relação ao ano anterior, ou de 12,8 Mtep – deste incremento, 80% foram provenientes do maior consumo de gás natural e petróleo e derivados. O consumo final cresceu 2,9% em igual comparação, para 260,2 Mtep, enquanto as perdas tiveram um salto de 18,4%, para 36 Mtep.

Do universo de 260,2 Mtep classificados como consumo final, os principais destinos foram o setor industrial (33,9%) e o grupo transportes (32%). O consumo de energia em transportes teve alta de 5,2% em 2013, superando a expansão de 4,2% do setor de serviços. O consumo da indústria, por sua vez, encolheu 0,5% no ano passado, na comparação com 2012. A liderança ficou com a categoria setor energético, com expansão de 14,3% no ano passado.

continua após a publicidade

Matriz elétrica

As condições hidrológicas desfavoráveis também fizeram com que a participação das fontes hidráulicas na matriz elétrica brasileira encolhesse em 2013. De acordo com o BEN, a fatia hidráulica caiu de 76,9% em 2012 para 70,6% em 2013. A representatividade do gás natural usado nas térmicas, por outro lado, cresceu de 7,9% para 11,3% do total.

continua após a publicidade

Quando considerado apenas o detalhamento da matriz elétrica, a participação das fontes renováveis encolheu de 84,5% em 2012 para 79,3% em 2013.